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Resumo do semestre

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pronto, acabou. Estou oficialmente de férias. Despertador e calculadora viraram funções inúteis no celular. Em compensação o Whatsapp... agora tenho tempo de sobra pra ler as conversas de todos os grupos. Coloquei o uniforme -feio- no fundo do guarda roupa e com ele todas as angustias e preocupações que passei nesse semestre. Passou rápido, muito rápido. Não lembro exatamente o que eu estava esperando, mas com certeza foi bem melhor.
Teve amor. Ou pelo menos eu acho que aquilo que me fazia largar tudo, esquecer as obrigações e ir atrás com todas as forças era amor. Nunca pensei que pudesse sentir algo tão forte. Algo que me deixasse com aquela sensação de felicidade eterna que eu tanto via nos filmes. Mas também nunca pensei que quatro meses depois eu não estaria sentindo mais nada.
Teve briga. Por deixar de contar e por deixar de ser.
Descobri com quem eu posso realmente contar. E em quem eu posso realmente confiar.
Comecei a ter as dúvidas que antes eu considerava drama.
Matei saudade. Percebi que o tempo não passa quando a amizade é pura e verdadeira.
Tomei coragem e tirei do fundo uma pendência que, sem eu mesma saber, me incomodava muito. Saiu naturalmente, no meio de uma conversa que provavelmente só teve importância pra mim. Acho que era mesmo como tinha que ser.
Viajei para alguns lugares pela primeira vez. Viajei sem minha mãe saber pela primeira vez. Viajei totalmente sozinha pela primeira vez. E viajei pro mesmo lugar de sempre, mas vivi muita coisa pela primeira vez.
Fui falsa, assumo. Segui minha vontade sem pensar nas consequências. Mas fui honesta com quem meu instinto dizia que eu deveria ser.
Percebi que tenho professores muito bons e que as pessoas que sentam do outro lado da sala são tão legais quanto os meus amigos de todo dia. A ficha caiu: preciso aproveitar o máximo. Tá acabando. Não dá mais pra ter aquele pensamento de que tudo é inútil e desnecessário.
O que mais eu posso dizer? Li muito, descobri músicas novas, voltei (pela milésima vez) pra academia, fui ver a senhorita Manu Gavassi mais algumas muitas vezes, conheci pessoas maravilhosas e outras nem tanto assim, fiquei de recuperação das mesmas matérias de sempre (e de umas inesperadas também, mas quem se importa?), meu cabelo cresceu e acho que minha timidez foi embora pra valer. Portanto, se você for uma pessoa que me conhece não por vontade própria, mas sim por obrigação do destino, e for falar alguma coisa do tipo "eu li seu último texto", não vou mais sentir nem uma pontinha de vergonha.
O fato é que nenhuma mudança radical vai acontecer de hoje pra amanhã. Foi só a página do calendário que chegou ao fim. Os melhores momentos se tornaram eternos nas fotos, ingressos, notas fiscais e bilhetes de passagem. Os piores, bem, alguns eu usei pra criar uma espécie de barreira protetora. Outros, resolvi deixar pra lá.

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