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P de preguiça

terça-feira, 9 de julho de 2013

Atualizei a página e o número 1 apareceu ao lado do envelopinho. Gelei. Eu sabia que aquela mensagem era sua. Engraçado, estou sentindo a mesma sensação agora, escrevendo essa carta. E sabe, não é algo que me faz bem. É um frio totalmente diferente do que eu sentia, sei lá, alguns meses atrás.
Respirei fundo e abri a caixa de entrada. Lá estava você. Ou melhor, sua foto. Você não é assim. Esses óculos escuros escondem o olhar que um dia fez meu coração bater mais rápido. E onde está o sorriso, sempre presente do seu rosto? Definitivamente não é você.
Então eu vi aquele turbilhão de palavras que só faziam sentido pra você. Eu li, depois li de novo e de novo. Me deu preguiça. Sono. E olha que a madrugada ainda estava longe. Você nunca teve bons argumentos, mas de alguma forma conseguia tirar o pouco de razão e o excesso de palavras que eu costumava ter. Me fazia lutar e dar a volta por cima. Agora não mais. Não porque não consigo, mas acho que porque eu perdi a vontade. É, só faltava isso. Então não falta mais nada.


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