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recomeço

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Não sei o que houve entre a gente, mas sei que acabou. Rápido. Intenso. Falso. Doloroso. Frio. Silencioso. Antes, o tempo que eu te esperava demorava uma eternidade pra passar; nossas risadas saíam naturalmente, sem qualquer fingimento; era acolhedor em seus braços sentindo o calor da sua respiração e o barulho do seu coração batendo era alto e claro. Até que nosso tempo acabou, mas sabíamos que não seria naquele momento o fim da nossa história. Insistíamos em acreditar que distância não faz parte do vocabulário quando o amor fala mais alto.
Não sei se as indiretas eram pra mim, se tinha mesmo algum motivo tudo o que você fazia, se as brincadeiras dos seus amigos não eram só brincadeiras e se aquela última despedida foi mais rápida porque você estava com medo de ser como a primeira. Eu não sei, e acho que você também não sabe. Porque eu também não sei se tudo o que eu fiz tinha outro motivo especial. Não sei se quando eu disse que estava com saudade estava sentindo falta do seu beijo ou apenas da sua presença.
Certas coisas eu nunca vou esquecer, e não vou ficar me segurando pra esconder. A gente pode continuar do jeito que está, tudo bem pra mim. Fico feliz vendo que superamos o setembro de  2011. Agora, com tudo diferente, vamos criar outras piadas internas e escolher outras músicas para serem nossa trilha sonora. Vamos descobrir novas palavras que só pra gente terão outro significado. Vamos fazer de conta que aquele adeus foi só um até logo e aquelas lágrimas não eram de tristeza. Como da outra vez, não vamos contar pra ninguém o que nós mesmos não sabemos bem o que é. Mas por favor, se acabar, não vá fingir que não se lembra.

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