Não sei o que houve entre a gente, mas sei que acabou. Rápido.
Intenso. Falso. Doloroso. Frio. Silencioso. Antes, o tempo que eu te
esperava demorava uma eternidade pra passar; nossas risadas saíam
naturalmente, sem qualquer fingimento; era acolhedor em seus braços
sentindo o calor da sua respiração e o barulho do seu coração batendo
era alto e claro. Até que nosso tempo acabou, mas sabíamos que não seria
naquele momento o fim da nossa história. Insistíamos em acreditar que
distância não faz parte do vocabulário quando o amor fala mais alto.
Não sei se as indiretas eram pra mim, se tinha mesmo algum motivo tudo o
que você fazia, se as brincadeiras dos seus amigos não eram só
brincadeiras e se aquela última despedida foi mais rápida porque você
estava com medo de ser como a primeira. Eu não sei, e acho que você
também não sabe. Porque eu também não sei se tudo o que eu fiz tinha
outro motivo especial. Não sei se quando eu disse que estava com saudade
estava sentindo falta do seu beijo ou apenas da sua presença.
Certas coisas eu nunca vou esquecer, e não vou ficar me segurando pra
esconder. A gente pode continuar do jeito que está, tudo bem pra mim.
Fico feliz vendo que superamos o setembro de 2011. Agora, com tudo
diferente, vamos criar outras piadas internas e escolher outras músicas
para serem nossa trilha sonora. Vamos descobrir novas palavras que só
pra gente terão outro significado. Vamos fazer de conta que aquele adeus
foi só um até logo e aquelas lágrimas não eram de tristeza. Como da
outra vez, não vamos contar pra ninguém o que nós mesmos não sabemos bem
o que é. Mas por favor, se acabar, não vá fingir que não se lembra.
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